Como Economizar no Plano de Saúde: Dicas Essenciais

Como Economizar no Plano de Saúde: Dicas Essenciais

A evolução dos custos médicos e o ritmo acelerado dos reajustes têm colocado em xeque o orçamento de muitas famílias e empresas. Diante desse cenário, é fundamental reunir informações e estratégias que permitam manter a qualidade do atendimento sem comprometer o bolso.

O cenário atual dos custos e reajustes

Em 2025, o setor de planos de saúde no Brasil apresentou um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre, mais que o dobro do mesmo período em 2024. Esse resultado reflete melhor equilíbrio nas despesas assistenciais e recomposição de receitas, mas não alcança todos os perfis de operadoras. Cerca de 32% delas continuam registrando prejuízos, o que indica disparidades regionais e desafios específicos de gestão.

A inflação médica hospitalar de 16,9% no ano, quase quatro vezes maior que o IPCA de 4,5%, evidencia a pressão de custos. Novas tecnologias, exames detalhados e tratamentos personalizados elevam as despesas, enquanto a judicialização de procedimentos não previstos pela ANS também impacta os valores cobrados às seguradoras.

Principais fatores que encarecem o plano de saúde

O aumento da demanda por atendimentos, principalmente de procedimentos eletivos que foram adiados na pandemia, é um dos motores de alta de custos. Ao mesmo tempo, incorporação de novas tecnologias médicas e o uso de terapias avançadas elevam a fatura operacional das operadoras.

Outro aspecto relevante é o envelhecimento da população de beneficiários. Idosos e portadores de doenças crônicas exigem cuidados contínuos, gerando maior sinistralidade e, por consequência, pressão para reajustes mais agressivos. Além disso, muitos usuários utilizam serviços de telemedicina e programas de prevenção com cobertura reduzida, o que altera o modelo de subscrição dos planos.

Legislação recente e o impacto nos custos

Em 2025, a ANS revisou o rol mínimo de procedimentos obrigatórios, ampliando o acesso a exames e tratamentos. Essa atualização trouxe benefícios claros ao segurado, como redução do tempo de espera e cobertura ampliada, mas também pressiona a conta final. Procedimentos antes cobrados à parte agora entram na cobertura, resultando em maior amplitude de serviços e reajustes ajustados à nova realidade normativa.

A redefinição das regras de reajuste anual tamb9em trouxe mudanças. As operadoras passaram a seguir parâmetros mais rígidos, considerando índices setoriais e diferenciação entre planos individuais e coletivos. Em caso de aumentos considerados abusivos, cabe ao consumidor buscar orientação dos órgãos de defesa ou recorrer a soluções administrativas junto à ANS.

Dicas práticas para economizar

Para reduzir custos sem abrir mão da qualidade do atendimento, é preciso adotar uma postura proativa na gestão do plano de saúde. Abaixo, apresentamos estratégias que podem ser aplicadas por indivíduos, famílias e empresas.

  • Revisão de coberturas contratadas: analise se os serviços estão alinhados ao perfil de uso. Planos regionais podem oferecer mensalidades mais acessíveis do que versões nacionais. Avalie também a categoria de acomodação (enfermaria ou apartamento).
  • Negociação e portabilidade de carências: em planos empresariais, utilize indicadores de sinistralidade para negociar reajustes. Na esfera individual, aproveite a portabilidade para migrar para condições mais vantajosas sem perder tempo de cobertura.
  • Modelos com coparticipação e prevenção: considere planos em que o usuário paga pequena parcela por consulta ou exame. Utilize telemedicina sempre que possível e participe de programas de check-up preventivo oferecidos pela operadora.

Uso inteligente dos benefícios e educação financeira

Além das dicas anteriores, explore benefícios extras que muitas vezes ficam despercebidos. Descontos em farmácias, academias e plataformas de bem-estar podem representar economia significativa no dia a dia. Antes de utilizar qualquer serviço fora do plano, verifique parcerias e convênios disponíveis.

Desenvolver uma reserva financeira específica para saúde também é crucial. Manter um fundo de emergência para despesas não cobertas — como franquias e coparticipações — evita surpresas orçamentárias. Se a utilização do plano for esporádica, compare mensalidades com custos de clínicas populares; em alguns casos, tratamentos pontuais podem custar menos fora do convênio.

Considerações finais

Enfrentar a alta de custos em planos de saúde exige planejamento, pesquisa e negociação. Ao revisar coberturas, estudar modelos de coparticipação e aproveitar benefícios extras, é possível equilibrar qualidade de atendimento e controle financeiro.

Esteja sempre atento às normas da ANS e às oportunidades de portabilidade. Adotar práticas de prevenção e telemedicina reduz despesas futuras e contribui para um estilo de vida mais saudável. Com as estratégias certas, manter o plano de saúde em dia não precisa ser um fardo insustentável.

Yago Dias

Sobre o Autor: Yago Dias

Yago Dias, 29 anos, é redator no minhaentrada, especializado em como a educação financeira pode transformar a vida das pessoas.